One man guy Book Cover One man guy
Michael Barakiva
Juvenil (YA)
LeYa
2015
272
One man guy — Michael Barakiva 1

Ethan é tudo o que Alek gostaria de ser: confiante, livre e irreverente. Apesar de estudarem na mesma escola, os dois garotos pertencem a mundos diferentes. Enquanto Ethan é descolado e tem vários amigos, Alek tem apenas uma, Becky, e convive intensamente com sua família e a comunidade armênia. Mesmo com tantas diferenças, os destinos de Ethan e Alek se cruzam ao precisarem frequentar um mesmo curso de férias. Quando Ethan convence Alek a matar aula e ir a um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York, Alek embarca em sua primeira aventura fora de sua existência no subúrbio de Nova Jersey e da proteção de sua família. E ele não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser seu amigo. Ou, talvez, mais do que isso. One Man Guy é uma história romântica, comovente e engraçada sobre o que acontece quando as pessoas saem de suas zonas de conforto e ajudam o outro a ver o mundo (e a si mesmo) como nunca viram antes.

Só sei que gosto de estar aqui com você e não consigo me imaginar querendo mais ninguém. Isso basta para você?

O personagem central “One man guy” é Aleksander Khederian , um garoto de 14 anos, de família armênia que é, definitivamente a ovelha negra da família. Seu irmão, Andranik, faz parte dos cinco melhores alunos de sua turma e tem um namoro sólido com Nanar, outra garota armênia. O desempenho não satisfatório — para sua família — de Alek na escola leva seus pais à decisão de obrigá-lo a fazer o curso de verão na escola, obrigando-o a perder o acampamento de tênis e a viagem de família.

Além de muito exigentes, os pais de Alek também se mostram superprotetores, contribuindo para alimentar a frustração do filho mais novo.

Voltando da escola, antes de iniciar o curso de verão, Alek acaba se envolvendo numa briga e é salvo por Ethan, o garoto descolado do colégio. Ao contrário de Alek, Ethan tem uma criação que lhe permite liberdade total para tomar suas escolhas e faz parte do grupo de “rebeldes” da escola.

A admiração de Alek por Ethan começa a ser alimentada dia-a-dia e a relação dos dois se constrói enquanto a personalidade do próprio Alek, antes sufocada pelas exigências e presença dos pais, passa a se mostrar.

Apesar de a leitura fluir de maneira bem rápida — especialmente pela apresentação de diferentes conflitos ao longo da narrativa — a história do livro se constrói aos poucos, mostrando as descobertas de Alek sobre si próprio e sua dinâmica é bem próxima da dinâmica dos anos adolescentes: conflitos e confusão quase que diariamente: nenhum dos aspectos da vida de Alek é perfeito.

Um ponto que me desapontou foi a abordagem da homofobia que parte dos pais de Alek. Sendo uma família tradicional, a homofobia é equiparada ao preconceito de relacionamentos entre armênios e não armênios, o que acaba banalizando a questão.

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