Tá Todo Mundo Mal Book Cover Tá Todo Mundo Mal
Jout Jout
Biografia e Memórias
Companhia das Letras
2016
200
Tá todo mundo mal — Jout Jout 1

Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em Tá todo mundo mal, ela reuniu as suas “melhores” angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, “Jout Jout, Prazer”.

Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!

Acho que todo mundo que está na internet deve ter, no mínimo, ouvido falar de Jout Jout. Seja por vídeos incríveis sobre temas polêmicos como “Não tira o batom vermelho” (que já está perto das 2.500.000 visualizações), ou vídeos igualmente incríveis sobre nada em específico como o meu favorito:

(sério, tá até no spotify. eu amo essa música)

Jout Jout faz sucesso, ao meu ver, por ser exatamente “gente como a gente”. Isso a coloca próxima ao público, torna a identificação fácil e a transmissão de mensagem mais efetiva.

E é meio que por isso que, quando ela lançou seu livro “Tá todo mundo mal”, em vez de pensar “ugh, mais um livro de youtuber”, eu quis muito comprar. Por isso e pelo título. Afinal, quem é que não tá mal?

O livro é um compilado de melhores / piores crises de Jout Jout. E, apesar de serem crises bem específicas, são completamente identificáveis. Crise de amor? Tem. Crise que era ter um Tamagotchi? Tem. Crise da ausência de talentos? Tem também.

Jout Jout aborda todo tipo de temas. Desde crises construídas pela socidade  (como a “crise do medo da possibilidade de um estupro”) a crises que saem sabe-se lá como de dentro da nossa cabeça (“crise de não conseguir devolver as coisas dos outros”), passando por crises que talvez você jamais esperasse que fossem reveladas publicamente (“crise dos puns quentinhos” e “crise do sexo da vida real” são alguns bons exemplos dessas).

Esse é um daqueles livros gostosinhos que você lê para descansar a cabeça depois de um dia cansativo ou, como foi meu caso, depois de um livro que exige muito da sua cabecinha.

Se você já assistiu uma boa quantidade de vídeos de Jout Jout, sua mente provavelmente vai lhe fazer o favor de ler cada uma das crises da forma correta, visualizando até a expressão que Júlia faria se estivesse contando a mesma crise em vídeo. E isso torna a leitura ainda mais leve.

O grande desafio é, na verdade, não ler o livro todo em uma só sentada.

(Vou chamar essa de “A crise da leitura compulsiva”)

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