Uma História de Amor e TOC Book Cover Uma História de Amor e TOC
Corey Ann Haydu
Romance
Galera Record
2015
320
Uma história de amor e TOC — Corey Ann Haydu 1

Bea foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que podem se tornar bem graves quando se trata de... garotos! Ela jura que está melhorando, que está tudo sob controle. Até começar a se apaixonar por Beck, um menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal obsessivo-compulsivo? No fundo, esta é só mais uma história de amor... e TOC.

Bea não segue o estereótipo de garota-peculiar-outcast-com-problemas. Ela é bonita, não faz parte do grupo das “excluídas” e até mesmo namorava um atleta. Mas é quando ela se depara com uma notícia chocante envolvendo um menino suspeito de ter cometido um crime que os primeiros sinais de sua condição começam a aparecer.

Ela registra tudo o que sabe e lê sobre o menino, documentando cada novo acontecimento da investigação e julgamento do caso. E, quando seu namorado descobre sua obsessão, ele acaba se tornando o novo alvo das atenções de Bea.

Com isso, Bea é obrigada a procurar uma psiquiatra – Dra Pat – e iniciar seu tratamento.

É no consultório da Dra Pat que ela descobre o novo foco de sua obsessão: Austin. Austin é casado e, junto com sua esposa, comparece à sessões no horário anterior ao de Bea, o que a leva a chegar mais cedo para ouvir o que é falado e fazer anotações.

Ao longo da narrativa percebe-se que, além da fixação por algumas pessoas e o terror em ferir alguém ao dirigir, Bea começou a demonstrar novas obsessões: pavor de objetos afiados e o hábito de beliscar a coxa de tempos em tempos.

Ela se recusa a acreditar no diagnóstico quando a Dra Pat lhe entrega folhetos sobre o transtorno obsessivo-compulsivo, e lhe obriga a comparecer à terapia em grupo.

Indignada e à contra-gosto, Bea comparece à terapia e descobre que Beck – um garoto misterioso que aparece no início do livro – faz parte do mesmo grupo de terapia.

Ela não se vê pertencendo ao grupo. Afinal, comparada à menina que arranga os cabelos um por um e ao menino que tem feridas em seu rosto de tanto cutucar a pele, ela é bem normal (e Beck também).

Ao longo do livro Bea a Beck se aproximam e, ao mesmo tempo que cedem às indulgências um do outro, também se ajudam a diagnosticar e trabalhar em suas próprias condições (Beck tem obsessão por limpeza e por malhar, e precisa fazer tudo em séries de 8).

De modo geral, o livro é bem interessante. Não é uma leitura profunda e nem inspiradora. É apenas uma história. Um romance que foge da fórmula batida e melosa de somos-perfeitos-um-para-o-outro-fique-comigo-para-sempre. A leitura é bem rápida e é interessante ler a história pela narração de Bea. Como o foco da história é o romance, achei que deixou um pouco à desejar quanto à descrição das sensações – principalmente de Bea, já que ela é a narradora – durante suas crises; a narrativa se concentra em suas ações e sensações físicas, não no emocional.

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