Isabela Noronha
Romance
Companhia das Letras
2015
304
Lúcia é uma professora respeitada no curso de matemática da Universidade de São Paulo e sempre enxergou a vida por meio dos números. Porém, quando sua única filha desaparece sem deixar rastros, seu pensamento racional será abalado para sempre. Anos depois do sumiço da menina, a vida da professora desmoronou, ainda que, em nenhum momento, ela tenha perdido a esperança de encontrar a filha, Amélia. Sem a ajuda do ex-marido ou da polícia, ela luta como pode. E eis que a chegada de um e-mail parece conter, por fim, a pista certa de alguém que conhece o paradeiro da menina. Com um ritmo incrível e uma escrita cristalina, a autora deixa o leitor absolutamente envolvido nessa trama misteriosa e angustiante.
Não sei o que eu esperava ao começar este livro, mas definitivamente não foi o que encontrei. “Resta um” é, principalmente, uma história de mistério. A narrativa é contada em capítulos datados e fora de ordem, que retratam episódios da vida de Lúcia e Dona Esmeraldina.
O foco principal é Lúcia, uma professora de matemática que teve a vida virada ao avesso quando sua filha, Amélia, desapareceu após uma festa de aniversário. A busca pela filha acaba por prejudicar não só sua vida profissional como seu casamento. Enquanto Lúcia insiste em seguir a busca, seu marido acha que a melhor maneira de lidar com a perda é seguir a vida, aceitando que nada irá trazer Amélia de volta.
Apesar de simples, a narrativa é bem construída, transmitindo muito claramente a angústia das duas personagens principais, cada uma com seus conflitos psicológicos.
Outro fator interessante do livro é a inclusão da matemática, tão presente na vida de Lúcia, na narrativa. São pequenos elementos que nos ajudam a compreender seus pensamentos e sensações.
Mesmo tendo gostado bastante da premissa do livro e do mistério envolvendo o desaparecimento de Amélia, achei que a forma como a história foi conduzida poderia ter sido melhor trabalhada. A confusão da alternância de tempos e narrativas confunde o leitor e não fornece informações suficientes para que o leitor faça as conexões necessárias afim de “costurar” o restante da história. Então fica o recado para uma leitura atenta e reflexiva.
Respostas de 3
Oi, tudo bem?
Parece ser um livro bem interessante, mas ultimamente não estou muito no momento para leituras assim. Mas a dica está anotada.
abraços,
Amanda Almeida
As resenhas desse livro que li até agora nunca foram muito positivas, mas esse “é uma professora respeitada no curso de matemática da Universidade de São Paulo” já me faz correr pois: eu estudo lá na Matemática e… não deve de ser boa pessoa essa Lucia. haha
Ih, olha a treta! hahahahaha
Quando vi que ela era professora de matemática esperava umas correlações muito loucas entre a história e equações ou expressões matemáticas (mesmo que eu seja completamente de humanas e não entenda nada disso), acho que a história ficaria muuuuuito mais interessante. As relações que ela faz são tão irrelevantes que ela poderia muito bem ser professora de qualquer outra coisa ):