Carola Saavedra
Companhia das Letras
2014
128
Como começa o amor? À primeira vista, num encontro casual, depois de anos de convivência? Qual é a distância entre dizer “eu te amo” e amar alguém? O que resta quando o tempo passa, as pessoas mudam e o amor acaba? Nina tem vinte e três anos quando ela e o narrador se conhecem na faculdade. Os dois têm um envolvimento amoroso, mas certo dia ela desaparece sem deixar notícias. A partir da reconstrução ficcional dos diários deixados por Nina, o narrador conta a história de seus antepassados e assim vai delineando seus contornos, numa tentativa de recriar a mulher amada. Mas como falar do outro sem falar de si? E como falar de si quando a sua própria vida é marcada pelo abandono, pelo impalpável?
Essas são algumas das questões que O inventário das coisas ausentes lança ao leitor e à sua própria estrutura narrativa. Com uma abundância de tramas paralelas que por vezes se entrelaçam e por vezes seguem independentes, o mais recente romance de Carola Saavedra investiga o fazer literário, a memória, o amor e as marcas deixadas pela ausência do outro.
Eu sinceramente não sei como começar nem como levar a resenha desse livro.
O livro tem trechos bonitos, pequenos cenas de como nasce o amor, que descrevem uma paixão. Mas é abstrato demais para contar uma história. Os trechos não lineares são soltos, desconexos, o que me causa uma frustração enorme. Não é o tipo de livro que te entrega uma história profunda mas que segue um caminho definido, e nem aquele tipo de livro que vai te fazer refletir e ligar os pontos e compreender a história.
Os personagens são interessantes, bem como as cenas descritas no livro, mas é tudo tão “jogado ao vento” que é difícil extrair alguma coisa além de passagens bonitas. Então, dessa forma, vou deixar aqui duas delas:
“(…) por que você não escreve um romance autobiográfico? Eu digo, não gosto de romances que acabam antes do fim.”
“Queria te beijar mais vezes, eu penso, mas esqueço, quando vou ver o dia passou e a noite passou e eu esqueço, queria te beijar mais vezes, mas esqueço, eu quero dizer, mas ela não entenderia.”
Talvez apegando-se tanto à linearidade, um pouco da beleza do livro se perderia, mas fiquei com aquele gosto amargo na boca de que estava faltando alguma muita coisa.
Respostas de 19
Já é um livro que não me chamou tanta atenção, confesso..
Falar sobre o assunto em 120 páginas é algo difícil ne? rs
Beijos
Pois é!
O título e capa me chamaram a atenção mas aí foi só decepção 3
Poxaa, que pena. E ele tem a capa tão linda, hahaha. </3
Sim 3
Poxa :(! E tinha tudo para ser uma história linda pela sinopse, né? Mas acho que talvez se você embarcar em um outro momento possa gostar mais da história, sei lá. Às vezes pode acontecer, né? Ler a história em um momento que não era certo. Mas enfim, desejo que os próximos livros sejam melhores!
Beijos, Carol
http://www.pequenajornalista.com
Pois é, Carol.
Teve um livro que eu li quando tinha uns 9 anos e não entendi nada, daí caí nessa de ler em outro momento e: segui sem entender nada HAHAHAHA
Mas tem alguns tipos de história que são assim mesmo.
Beijos!
Eu não conhecia, a capa é linda mas uma pena o livro não ser tão envolvente 🙁
Beijos
BlogCarolNM
FanPage
gostei das frases citadas… triste o livro não ser tão bom ♡♡ tem news no BLOG vem ver ♡♡♡ http://www.signoritablog.com
Eu não conhecia este livro, uma pena ele não ser tão bom! Odeio quando compro livros pela sinopse e quando vou ler a história não me prende… eu sempre deixo de ler!
Blog Carolina Dutra
Eu geralmente tento terminar a leitura, mas quase sempre acabo me arrependendo haha
Não gosto de livros que me deixam com uma sensação de inacabado. Li um livro destes estes dias. Foi uma sensação de que haviam arrancado páginas, não poderia ser só aquilo 🙁
Charme-se
Ih menina, já me diz que livro é pra eu riscar da lista de livros pra ler…
Bom, como tem gosto pra tudo, eu acabei gostando da literatura nada linear, sem começo, meio e fim e sem conclusões no final. Isso nos faz refletir, de algum modo, no curso da vida real, que pode mudar a qualquer sopro de vento mais forte! “E se”… Isso foi como entendi o livro. A capa em si é uma incógnita! Muito bonita!
Abraços,
Adriana.
Que bom que gostou deste livro!
Aparentemente é um caso de ame-ou-odeie haha
Beijos!
Eu adoro ler, pra mim todo livro é triste quando acaba, parece que eu perdi algo, alguém, me sinto parte da história 🙂
Blog Lua Soares
Eu gosto de livros que trabalham essa coisa da não-linearidade, fiquei curiosa a respeito da história (mesmo com os seus poréns)!
Recomendo a leitura então, Camila! (: Espero que goste
Vixi, sem linearidade pra mim não rola, já tenho dificuldade de entender alguns livros que seguem uma linha definida,imagina sem isso haha’ mas valeu a intenção da autora
Eu tenho sérios problemas com não linearidade, ou com livros com muuuuuitos personagens hahaha