John Boyne
Ficção Histórica
Seguinte
2015
255
Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.
Se você já acompanha o blog há algum tempo deve ter percebido que John Boyne é um queridinho por aqui né? Já tem resenha de “Fique onde está e então corra”, “Noah foge de casa”, “Tormento” e “A casa assombrada”.
“O menino no alto da montanha” é um dos livros mais recentes do autor, lançado no ano passado lá nos Estados Unidos e traduzido para o português pela Editora Seguinte nesse ano! Nele Boyne retorna à temática da Segunda Guerra Mundial para contar a história de Pierrot. Seu pai, tendo combatido na primeira guerra mundial, encontra conforto para as barbáries que vivenciou no álcool, se tornando um homem violento e logo desaparece, retornando apenas como notícia: havia caído nos trilhos de um trem e morrido. Não demora muito para que a mãe de Pierrot adoeça e morra, deixando-o aos cuidados da vizinha judia.
Com as ameaças da segunda guerra mundial se aproximando, Mme Bronstein e Anshel (seu filho e amigo de Pierrot) são obrigados a enviar Pierrot para um orfanato para que possa estar seguro. E após alguns dias no orfanato, Pierrot segue para a Áustria para morar com sua tia. Ela trabalha como faxineira em uma casa luxuosa e convence seu patrão a abrigar o pequeno Pierrot — desde que não faça muito barulho e comporte-se.
A casa não é de uma família qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Em toda sua inocência, Pierrot não conhece Hittler e nem sabe sobre a Guerra que se desenrola. Aos poucos vemos Pierrot aprender pouco a pouco com o Führer e lentamente se tornar seu protegido com o passar das páginas. Pierrot é treinado sob os olhos atentos de Hitler — e sob seus preceitos e crenças. A nova personalidade desenvolvida de Pierrot o obriga a tomar difíceis decisões (sua família ou a lealdade ao homem que ele admira?).
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Ler John Boyne nunca é — e me atrevo a acreditar que nunca será — uma decepção. Mas é quando envolve o tema da guerra que ele se torna ainda mais interessante. Enquanto “O menino do pijama listrado” apresenta a guerra pelos olhos de um menino que, apesar da influência militar, tem compaixão e não entende os acontecimentos, “O menino no alto da montanha” apresenta a guerra pelos olhos de um garoto moldado pelo próprio Hitler.
Mesmo com conflitos internos, Pierrot é como um cachorro bem adestrado por seu mestre.
Mas não apedreje Pierrot desde já — ou mesmo durante a leitura. Apesar da grande influência de Hitler em sua formação, Pierrot ainda é humano e, com isso, tem coisas boas e ruins dentro de si.
Respostas de 6
Oi Ana, tudo bem?
John boyne é de longe um de meus autores favoritos, e também aquele que me desidrata na maioria de suas histórias. Ainda não tinha conhecido essa, mas fiquei com muita vontade de ler, pois tem todos os elementos que me agradam. Ótima resenha.
Abraços,
Amanda Almeida
Oi Amanda! Tudo bem e contigo?
Boyne é um dos meus queridinhos também. Eu acho que nunca chorei com os livros dele, mas sempre fico MUITO mexida. Meio que coloca as coisas em uma perspectiva diferente, ainda mais com essas narrações do ponto de vista das crianças.
Espero que goste da leitura!
Abraços!
Eu não conhecia o livro, mas achei que pode ser uma leitura muito interessante!
Um beijo!
http://www.impulsofeminino.com/
eu conheço esse autor, mas nunca li nada dele.
O livro faz bem meu estilo de leitura, gostei da resenha.
bjoka http://diadebrilho.com
John Boyne gosta dessa temática, né?! Já é o terceiro livro que eu encontro dele que tem como pano de fundo a Segunda Guerra. O livro parece interessante e já vai entrar para a minha listinha. ^^ Gostei muito da resenha, ficou ótima! =]
Beijinhos ♥
Contadora de Histórias
Oi Débora!
Acho que ele teve que pesquisar tanto pra escrever um livro que decidiu aproveitar o conhecimento e escrever vários. E realmente acho que ele tem uma sensibilidade única para o tema!
Fico feliz que tenha gostado da resenha!
Beijos!