Veronica Roth
Fantasia
Rocco
2017
480
Em um planeta onde a violência e a vingança imperam, em uma galáxia onde alguns são afortunados, todos desenvolvem habilidades especiais – o dom-da-corrente – um poder único para moldar o futuro. Enquanto a maioria se beneficia desses dons, Akos e Cyra não. Seus dons-da-corrente os tornam vulneráveis ao controle dos outros.
Será que vão conseguir recuperar o controle de seus dons, de seus destinos e das próprias vidas, e ainda instaurar o equilíbrio de poder no mundo?
Cyra é irmã de um tirano brutal que governa o povo de Shotet. Os dons especiais da jovem causam dor, mas trazem poder – algo explorado por seu irmão, que a usa para torturar seus inimigos. Mas Cyra é muito mais do que uma arma na mão do irmão: ela tem uma resistência fora do comum, o raciocínio rápido e é mais esperta do que ele imagina. Akos vem de Thuvhe, a nação amante da paz, e a lealdade à sua família não tem limite.
Mesmo protegido por um dom especial incomum, Akos não evita que ele e seu irmão sejam capturados por soldados inimigos shotet. Akos se desespera e quer resgatar o irmão vivo, não importa a que custo. Quando Akos é empurrado para o mundo de Cyra, a inimizade entre seus países e famílias parece intransponível. Acreditando ser a única saída, Akos decide se unir a Cyra. Uma união que pode resultar na sobrevivência – ou na destruição de ambos…
Numa narrativa eletrizante, no viés de Star Wars e Divergente, Veronica Roth explora – com equilíbrio e pungência – a história de um jovem que faz uma aliança com o inimigo para escapar da opressão que governa sua vida. Juntos, partem em busca de seus únicos objetivos: para um, a redenção; para o outro, a vingança.
Veronica Roth é um nome familiar para você? Pois devia ser. A autora conhecida pela série distópica Divergente retorna ao mundo literário com o primeiro livro de uma duologia (segundo a Wikipedia).
Crave a Marca é, ao mesmo tempo, muito similar e muito diferente da série inaugural da autora. Veronica novamente cria um universo todo para alocar sua história, nesse caso estamos literalmente falando em um novo sistema de planetas, povos e culturas. Esse sistema planetário se constrói em torno do fluxo-da-corrente, uma energia que percorre todos os seres vivos da galáxia e que confere a cada indivíduo, um dom-da-corrente (que são, basicamente, superpoderes).
Dentro do planeta Thuve vivem dois povos rivais: O povo Shotet e os Thuvesitas. Akos, um de nossos personagens principais, é thuvesita e é quando shotets invadem sua casa, matam seu pai e sequestram ele e seu irmão que a história começa a se desenrolar. A partir daí somos apresentados à Cyra e Lazmet Noavek, irmãos da “família real” de Shotet e assistimos várias ramificações da história: a sede de Lazmet por poder; o conflito de Cyra com seu dom-da-corrente (ela é capaz de inflingir grande dor à quem tocar sua pele) e para escapar de seu passado; o crescimento de Akos, sua aproximação de Cyra e sua determinação em resgatar seu irmão; os planos dos rebeldes para derrubar o governo e por aí a fora.
“Mesmo assim, Akos, isso aqui é uma guerra. (…) Uma guerra entre você e as pessoas que destruíram sua vida. Não se envergonhe de lutá-la.”
Crave a Marca é um ótimo livro, mas não espere grandes surpresas. Os desenrolares das tramas não são de todos surpreendentes, mas Veronica Roth sabe exatamente como manter o leitor atento e com aquela vontade de ler só mais um pouquinho. Com ganchos a cada capítulo, fica quase impossível colocar o livro de lado (as últimas duzentas e tantas páginas eu li de uma vez só, madrugada a dentro, e olha que eu sou o tipo de pessoa que adora dormir cedo).
A narrativa se alterna entre os capítulos, alguns são narrados por Cyra, em primeira pessoa, o que nos dá uma percepção muito clara de seus conflitos pessoais e de suas sensações. Outros capítulos são focados em Akos, mas possuem narrativa em terceira pessoa. Por mais estranho que possa parecer essa alternância, ela não atrapalha em nada o fluxo da história.
Apesar de ser um personagem chave na história, Akos não é exatamente um personagem carismático. Muitas vezes tive preguiça de ler seus pensamentos e impressões. Em compensação, Cyra é uma personagem que me cativou demais, especialmente pela força que ela demonstra durante toda a história.
“Sou shotet. Sou tão afiado e gráfil quanto vidro quebrado. Conto mentiras melhor do que digo a verdade. Vejo tudo da galáxia e nunca tive um vislumbre dela.”
Agora é segurar a ansiedade e esperar pelo segundo volume da série!
Respostas de 8
Que livro mais amor, amei esse efeito galáxia na capa, ficou encantador! ❤
http://www.kailagarcia.com
Oi Kaila!
A capa é maravilhosa mesmo! <3
Parece ser um livro bem legal! Mas vou esperar sair todos os livros hahahaha
Beijos! =**
É sempre um sofrimento esperar a continuação né?
Beijos!
Essa capa é linda demais <3 contexto super original!
Bjinhos,
❥ AmigaDelicada.com.br
Primeiramente, QUE BLOG LINDO! Mineirinha do sul de minas? Parece eu menina! UHAUHA Mas agora moro aqui em SP (e daqui um mês no RGS, se liga na doidera).
Divergente é demais né? Quando começou a sair as notícias desse livro fiquei bem animada, mas confesso que não tinha procurado NADA sobre. Esse post veio na hora certa! UHAUHA
Achei esse negócio da narrativa em capitulos bem Convergente (acertei? as vezes confundo os livros UHAUAHAU).
Pareceu uma história com muita capacidade, mas não me interessei muito. Passei por muito tempo viciada em distopias (que mostram um mundo diferente, como esse livro), mas confesso que cansei bastante. Com o 3º ano, fiquei um ano todo sem ler e confesso que dei uma desacostumada básica. Não sei nem mais o que eu gosto ou não de ler! Coisa loca mesmo. Tenho alguns livros aqui pra ler ainda então estou lendo-os =)
Muito feliz de encontrar seu blog, sério mesmo!
4am.com.br
Menina, boa sorte na muança!
Que bom que o post acertou no timing pra ti!
Eu gostei MUITO de Divergente, e essa estrutura é bem parecida com um da trilogia (eu também sempre confundo os livros HAUHAUA)
Eu ainda gosto muito de distopia, mas achei que faltou um pouco de ação nessa história, sabe? Muita crise existencial pra pouca ação.
Eu também passei por essa crise de nem saber mais se eu gostava de ler, não se preocupa que volta! HAUHAUH Uma dica é se impor uma meta de leitura, me ajudou bastante a retomar a rotina!
Estava super curiosa porque não sabia sobre o que se tratava o livro sendo que ele está na “modinha”. Achei interessante. Obrigada e parabéns pela resenha!
Blog Meu Aleatório