O fast fashion tem sido cada vez mais dominante no mundo da moda. E se a variedade e rapidez com que as lojas oferecem seu catálogos possam ser um atrativo, na verdade por trás disso tudo existe um grande desperdício que incentiva a compra e o descarte de peças de maneira irresponsável. Afinal, para que roupas sejam produzidas são necessários muitos recursos ambientais e, além do desperdício, peças descartadas se acumulam aos montes em aterros sanitários, poluindo cada vez mais a natureza, incluindo os mares e oceanos.
Mas o que fazer para frear esse problema? Embora as soluções precisem ser profundas e pensadas a longo prazo, os bazar de roupa são uma maneira prática e econômica de incentivar uma moda sustentável. A lógica é bastante simples: ao comprar peças em bazares você prolonga a vida útil de um item e ainda “evita” que uma peça seja produzida para o seu consumo.
Claro que as roupas seguem sendo produzidas, mas quando você opta por comprar em bazar ou brechó, você diminui a demanda por peças novas. Assim, se todos nós passarmos a comprar menos itens das prateleiras das grandes lojas, será necessário criar menos estoque, o que exigirá menos do fabricante no longo prazo.
Parece algo pequeno quando olhamos para o todo, mas temos que começar de algum lugar, certo?! Então confira algumas informações sobre o impacto da indústria da moda na nossa rotina:
O custo ambiental para que o fast fashion se mantenha
Todos os dias pessoas compram em lojas fast fashion. Mas, a cada lavagem, a qualidade diminui. E o pior: para quem segue as tendências da moda, a nova compra rapidamente se torna desatualizada. Então, em questão de meses, essas peças acabam ficando esquecidas no armário por um tempo até tomarem o caminho mais óbvio, que é o descarte. E mais roupas novas são compradas.
Porém, pensar nas roupas como descartáveis tem um custo. A indústria da moda é considerada uma das mais poluentes do mundo, perdendo apenas para a indústria do petróleo. Nossa vontade por peças novas constantemente e nosso hábito de descartar coisas depois de muito pouco uso, cria enormes problemas ambientais e éticos.
A fibra mais popular usada no fast fashion é o poliéster, feito de petróleo, um recurso não renovável. Sim, sua roupa de poliéster começou em um poço de petróleo. A cada ano, 70 milhões de barris de petróleo são usados para produzir poliéster. E como o poliéster é inflamável, um retardador de chama é frequentemente adicionado ao tecido, o que aumenta sua toxicidade.
Na lavagem, as roupas de poliéster soltam microfibras pequenas o suficiente para passar pelas estações de tratamento de água. Com o tempo, isso aumenta a quantidade de plástico em nossos oceanos, onde pode prejudicar os animais aquáticos. E demora de 20 a 200 anos para o poliéster se decompor!
O algodão, que representa quase metade da produção mundial de fibras, é anunciado como um tecido ético, mas também tem consequências ambientais. As lavouras de algodão representam 11% de todos os pesticidas usados na agricultura industrial e 24% do uso de inseticidas. E muitos pesticidas contaminam a água, por exemplo.
Além disso, cerca de 5.000 litros de água são usados para produzir apenas um quilo de algodão. É a quantidade de água que uma pessoa bebe ao longo de três anos! Agora imagine quantas camisetas estão penduradas nas prateleiras de apenas um local de fast fashion. É realmente muito desperdício.
Moda circular como alternativa de compras
Assim como as mudanças que muitos de nós fizemos em nossas escolhas alimentares, a moda, quando escolhida com cuidado, pode fazer toda a diferença para nós e para a sociedade. O primeiro passo para encerrar o ciclo da prejudicial indústria fast fashion é comprar roupas duráveis. O truque é comprar menos e mais ponderadamente.
Comprar tecidos naturais também pode ajudar a evitar muitos dos custos ambientais associados ao fast fashion. Isso pode ser um desafio agora, mas, à medida que mais consumidores exigem moda ética, mais opções surgem. E, enquanto isso ainda não está totalmente acessível, os bazares são excelentes aliados para evitar o desperdício de roupas.
Além de adquirir uma peça que pararia mais rapidamente em algum lixão, você economiza muito dinheiro e ainda cria looks mais estilosos e mais exclusivos. Que tal dar uma chance para esse mercado de consumo sustentável?
Um beijo ♥
Respostas de 2
Eu amo comprar em brechó, nem preciso de desculpa, não posso ver um brechózin que to entrando.
E realmente, parar pra pensar no nosso consumo de roupas é muito importante e pouco falado por aí, muito se fala em não usar sacola, não usar canudo, etc etc, mas pouco se fala no prejuizo de alimentar a indústria da moda. Amei muito esse post, beijosss
Carol Justo | Justo Eu?!
Que post maravilhoso, eu amo um bazar, um brechó de comprar e de fazer, nos últimos anos ando repensando e melhorando demais o meu consumo, sempre doo roupas e tento comprar o que realmente preciso e reformo o que tenho.
Beijos
http://www.pimentadeacucar.com