M. O. Walsh
Romance
Intrínseca
2015
256
Uma narrativa sobre os mais universais dos sentimentos e sobre como a memória pode criar e preencher as lacunas.
Baton Rouge, capital do estado da Louisiana, nos Estados Unidos, é uma cidade conhecida por seus churrascos no jardim, tardes quentes de verão, barris de cerveja gelada e muitos fãs de futebol americano. Mas no verão de 1989, quando Lindy Simpson, uma das garotas mais bonitas do bairro e estrela das pistas de corrida, é estuprada perto de casa, fica claro que os subúrbios bucólicos de Baton Rouge também têm um lado obscuro.
Para uma vizinhança tão pequena, os suspeitos do crime são muitos. Entre eles o narrador da história, um adolescente obcecado por Lindy que mora na casa em frente à da garota. E é por meio de suas lembranças que somos levados a entender como términos de relacionamentos, culpa e amor podem transformar a vida de maneiras irreversíveis.
Combinando o encantamento da infância com a história de um crime violento, em uma prosa perturbadoramente bela, M. O. Walsh analisa os momentos do passado que afetam de forma mais profunda a vida adulta. Uma estreia excepcional que combina suspense com reflexões filosóficas sobre memória, humanidade e verdade.
Bem vindos a mais um episódio da série: escolhendo livro pela capa. Mas quando decidi começar a ler o livro, a primeira frase já me pegou desprevinida:
“Havia quatro suspeitos do estupro de Lindy Simpsom, um crime que aconteceu bem na calçada da Piney Creek Road.”
O narrador de Sonhos Partidos nunca é apresentado, mas é parte ativa da história. Já adulto, ele conta sobre sua adolescência em Baton Rouge, sua paixão por Lindy Simpson e o episódio que abalou todo o bairro: o estupro de Lindy.
A falta de identificação do narrador passa completamente despercebida (tanto que só notei isso agora, enquanto tentava lembrar o nome do personagem principal).
A história apresenta os quatro suspeitos do crime, sendo um deles o próprio narrador. Apresenta também as tentativas dele de se aproximar de Lindy após o ocorrido.
Em meio a isso, o narrador também divide também suas impressões sobre o estado da Louisiana e a cidade de Baton Rouge, comparando-a também à cidade mais famosa do estado: New Orleans.
♠
A percepção que tive do livro ainda na primeira página não poderia estar mais correta: Este livro vai ser maravilhoso!
E foi. Apesar da parcialidade do narrador, que conta suas próprias memórias, o ponto de vista apresentado não deixa a desejar e tampouco deixa outros mistérios que não o principal do livro.
Apesar de abordar uma situação tensa e horrível, a narrativa feita a partir de outro personagem tira o foco do estupro, não tornando-o um livro pesado para o leitor.
Acho que a questão principal é que, apesar da história envolver um estupro, o livro não é sobre isso e sim sobre a paixão obsessiva do narrador pela vítima do estupro.
Respostas de 11
Ah serio? ahhaha vou procurar no seu blog, quero ver as respostas ahhaha ai menina, eu não tenho sapatilhas porque dói, e só tenho rasteiras que uso nos finais de semana haahhaha
gente mais indicação de livro, ADOROOOOO ahahaa a capa é linda mesmo 😀 achei interessante a história, fiquei curiosa sério, confesso, adoro essas coisas de descobrir quem matou, quem fez isso, quem fez aquilo ahahah
beijos :*
A história é bem legal! Apesar desse mistério, não chega a ter aquele clima pesado de suspense haha
Beijos!
Muito interessante a história do livro e por ele ser curtinho deve ser bem legal de ler. Curti também a capa 😀
Achei diferente o fato do narrador não se apresentar e fazer parte da história 😀
Beijos!
O “pior” é que eu só percebi que ele não se apresentava quando fui fazer a resenha e tentei achar o nome dele (sou péssima com nomes, nunca lembro haha)
Beijos!
Realmente, a capa desse livro é linda!
Não o conhecia mas, pela resenha parece ser um bom livro…
blog | facebook
Ai Ana, eu não li o post porque estou com o livro aqui na fila, para ler em breve (e não gosto de ler nadinha sobre os livros antes da leitura). Mas com certeza vou voltar aqui para ler sua resenha depois que eu terminar! Beijo :*
Ai, sou igualzinha a você! Nunca procuro nada sobre os livros antes de ler, fujo até da sinopse na contracapa/orelha! Quando leio, só umas duas ou três linhas haha
Se ele não for o próximo, adianta esse livro aí que vale a pena! E depois vem me contar!
Beijos!
Eita Ana! Quando você começou a resenha eu já pensei: caramba, vem história pesada por aí. E pelo jeito nem foi né? Fiquei com vontade de ler 😀
Pois é, eu pensei o mesmo quando comecei a ler (o que me deixou meio confusa, porque a capa não parecia ser de história pesada). Mas é bem tranquilo!
O livro te ganhou na primeira linha, mas você me ganhou aqui: “O narrador de Sonhos Partidos nunca é apresentado, mas é parte ativa da história”.
Normalmente não gosto de posts com resenha de livro, porque fico meio perdida de só poder comentar li/não li ou gostei/não gostei, mas até agora não vi 01 post aqui que não tenha gostado e a maioria foi pra minha lista (A Bicicleta Azul já tá aqui)! E muitos eu nunca tinha nem ouvido falar (como esse), ótimas indicações!
Ai que delícia saber disso <3
Espero que a gente possa sempre te indicar novos livros incríveis então!