Julie Buntin
Ficção
Fábrica 231
2017
304
Após mudar-se para uma cidade no interior de Michigan, o coração de uma menina de quinze anos está sozinho e perdido, até que ela conhece sua vizinha Marlena, uma determinada e indomável adolescente. Elétrica, maníaca, bela e perigosa, ela é o oposto de Cat, mas as duas se tornam inseparáveis. Cat começa a experimentar novas sensações: o primeiro cigarro, a primeira bebida, o primeiro beijo; enquanto Marlena se afunda em seus próprios vícios. Após um ano de excessos e descontrole, uma delas estará morta. E a outra terá o curso de sua vida alterado para sempre.
Aos quinze anos, o mundo acabava vezes sem fim. Ser tão jovem é uma espécie de violência. Nenhuma previsão, uma sensação exagerada de que é invencível, e, no entanto, você ainda é responsável pelos seus erros.
Marlena me conquistou pela capa, e pela promessa de um livro sobre a relação entre duas amigas. Em meio a pilhas de romances melosos sobre casais que enfrentam dificuldades e no fim acabem vivendo num conto de fadas, é uma surpresa agradável sempre que tenho a chance de ler algum livro que tem foco na relação de amigas/os.
Você provavelmente já conheceu alguém que faz você pensar “por favor, deixa eu andar contigo no recreio?”. Marlena é essa garota. Com muita auto-confiança e um quê de problemática, ela encanta Cat, que narra o livro em primeira pessoa.
Cat acabou de se mudar para a cidade com seu irmão e a mãe, após o recente divórcio dos pais. Silver Lake é uma cidade pequena e razoavelmente pobre, Cat e Marlena são praticamente vizinhas e ao longo do livro constroem um elo muito forte. Mas essa amizade dura pouco. Marlena morre tragicamente antes que elas completem um ano de amizade.
Cat agora é adulta e saiu de Silver Lake. Ela mora em Nova York quando uma ligação de Sal, irmão de Marlena, a faz mergulhar de volta nas memórias de sua adolescência.
A partir daí acompanhamos algumas cenas do presente de Cat, e muitas cenas do seu passado, que nos dão uma percepção profunda de como a amizade das duas foi construída e, por que não, como a própria personalidade de Cat foi se moldando pelas suas experiências adolescentes.
Marlena é um livro bastante interessante, mas que não conseguiu prender muito minha atenção. Apesar de envolver temas mais pesados, como a dependência do pai de Marlena (e dela própria), a leitura é muito leve e não cria grandes conflitos, então o livro não conseguiu me deixar com aquela sensação de “só mais uma página” ou “eu preciso saber o que acontece depois disso ou não vou dormir”.
Mas não me entendam mal, Marlena não é um livro desinteressante. Muito pelo contrário. As memórias da adolescência das duas amigas, ao mesmo tempo que divertem e entretém, nos obrigam a uma reflexão ou outra sobre as nossas próprias experiências, ou a de amigos. Por mais particularidades e especificidades da história das duas, é uma história com a qual é possível estabelecer um grau de familiaridade. Além disso, a construção da narrativa adotada pela autora torna o livro extremamente agradável!
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1 Comentário
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Ana, até que achei interessante o livro. Quero lê-lo! Fiquei curiosa com a morte de Marlena!
Beijo!
Cores do Vício