John Boyne
Ficção
Seguinte
2014
88
Apesar de sentir falta do irmão mais velho, que estava fazendo faculdade em outro país, Danny aproveitava o tempo livre das férias para andar de bicicleta e jogar bola com seu melhor amigo, Luke Kennedy. Até que um dia volta para casa e, estranhamente, não vê sinal de sua mãe.
Quando a sra. Delaney finalmente chega, vem acompanhada de dois policiais. Ela havia se envolvido em um acidente - atropelara um garotinho que agora estava em coma, com poucas chances de sobreviver. A sra. Delaney se afoga em culpa e se isola de todo mundo, inclusive do marido e de Danny. O garoto, por sua vez, não entende o que está acontecendo. Por que sua mãe se sente tão culpada quando a própria polícia disse que ela não era responsável pelo que tinha acontecido? E para complicar ainda mais a situação, uma garota estranha fica parada em frente à casa de Danny, claramente observando seus passos...
Tormento é um livro curto e rápido, tornando difícil resumir sua história sem acabar entregando-a completamente.
Boyne, assim como em seus outros livros infanto-juvenis, descreve a história aos olhos da criança – neste caso, Danny. O leitor só enxerga o que Danny é capaz de ver e interpretar.
Danny está de férias, seu irmão mais velho está viajando pela Europa, sua mãe está trancada no quarto sendo corroída pela culpa de haver atropelado um garotinho e seu pai está perdendo a paciência. Se sentindo sozinho em meio a este Tormento, Danny acaba conhecendo Sarah, a irmã do menino que sua mãe atropelou. Ela o leva para ver seu irmão e conta que foi tudo sua culpa, foi ela que desafiou o irmão a tocar a campainha da casa do outro lado da rua, fazendo com que ele saísse correndo para atravessar a rua sem conferir se carros estavam passando.
Mas apontar culpados não fará com que seu irmão acorde do coma. Tampouco a decisão de Danny de fugir de casa, carregando apenas uns biscoitos e uma garrafa d’água.
A história tem muito espaço para um desenvolvimento maior, mas para isso ela precisaria ser construída de um modo completamente diferente, colocando o narrador como um dos adultos – com um entendimento maior sobre os acontecimentos – ou como um narrador observador, capaz de interpretar e descrever os sentimentos de todos os envolvidos no conflito.
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Boyne já pode ser decretado o campeão de livros lidos durante este desafio, mas é algo incontrolável: Seus livros são profundos e leves ao mesmo tempo e a cada livro eu fico me perguntando como ele consegue tratar temas delicados com tamanha habilidade.
Respostas de 6
Eu li esse livro ontem mesmo .. Ele é um livro perfeito , e nos faz refletir sobre as coisas
@Laisa Santiago, sim!
Acho que todos os livros infanto-juvenis dele tem esse quesito de “fazer pensar”.
Beijos!
Ai fiquei curiosa para ler, parece bem intrigante mesmo.
@Vestindo Ideias, John Boyne vale muito a leitura! Nunca desaponta.
Eita que legal, como cheguei a pouco tempo por aqui, vou ver as outras dicas de livros, querendo ler muito em 2016.
beijo
@Nara Borges, eu li muitos e muitos livros este ano porque embarquei num desafio de ler um livro por semana.
Mesmo não conseguindo cumprir completamente o desafio, li muitos livros incríveis e resenhei todos eles aqui no blog (:
Em 2016 o desafio continua, então vai ter sempre dicas de livros aqui (:
Beijos!