John Boyne
Infantojuvenil
Companhia das Letras
2013
256
Os Brocket são as pessoas mais normais do mundo. São respeitáveis, quase enfadonhos, e muito orgulhosos da sua normalidade. Na verdade, Alistair e Eleanor Brocket torcem o nariz a tudo o que seja invulgar, estranho ou diferente. No entanto, assim que o seu filho mais novo Barnaby vem ao mundo, torna-se claro que ele é tudo menos normal. Para grande vergonha dos pais, Barnaby parece desafiar as leis da gravidade… e flutua! O pequeno Barnaby é uma criança solitária; afinal de contas, é difícil fazer amigos quando se passa a vida no ar.
Desesperado por agradar aos pais, faz tudo o que pode para parar de flutuar, mas simplesmente não consegue.
Tava demorando muito pra aparecer outra resenha de John Boyne por aqui.
A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket foi uma surpresa incrível pelo tema, mas concretizou o que sempre espero das obras do autor – principalmente as infanto-juvenis: é sempre maravilhoso.
Escolhi Barnaby Brocket porque precisava de uma leitura leve. Li a sinopse meio por cima e pensei “ok, não é sobre guerra, vai ser uma leitura rápida e leve“. Até que eu percebi a analogia presente no livro.
Eleanor e Alistair são um casal de australianos que odeiam se destacar da multidão. Em suas vidas perfeitamente normais, seu terceiro filho chegou para tirá-los do sério: Barnaby Brocket flutua.
Não há nada que Barnaby possa fazer quanto à sua condição. Por mais que tente, ele não consegue obedecer à lei da gravidade, o que deixa seus pais cada vez mais transtornados. E é no discurso de seus pais que começa a emergir o real tema do livro, uma sutil analogia à situação tão comum de pais não aceitando filhos homossexuais.
A obsessão dos Brockett com a normalidade os leva a medidas extremas e seus pais decidem fingir um acidente e deixá-lo voar sem rumo pelo mundo.
Barnaby então começa sua jornada na tentativa de voltar para casa. Ele vai parar no Brasil, viaja até os Estados Unidos, Canadá e até mesmo fora de órbita! Pelo caminho conhece pessoas com diferentes problemas com as suas famílias, e sua vontade de voltar para casa na esperança de que seus pais tenham mudado de ideia toca cada uma das pessoas pelo seu caminho, dando a eles a força necessária para tentar solucionar seus problemas.
♠
Como sempre, Boyne aborta um tema complexo com o toque suave de uma criança. A analogia à homofobia se esconde por trás das páginas e se revela no discurso da família de Barnaby, frases tão recorrentes em diversas histórias de homossexuais e que certamente todos conhecem – independente de terem ou não passado por isso.
A verdade é, quando achei que John Boyne não podia mais me surpreender, ele fez novamente. Desde já ansiosa pelo que me espera nos outros 2 livros dele que estão na fila de leitura.
Respostas de 3
Ana, esse livro parece ser super gostoso de ler! Fiquei curiosa!
Beijo!
Cores do Vício
Uma pena que estou sem tempo até para respirar!
Parece ser um livro bem bacana 🙂
Beijinhos
Gostei bastante de conhecer esse livro é uma ótima leitura.
Beijos
Jana Makes Esmaltes e Cia
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