2016 foi o ano que eu fiz o que – para mim – parecia impossível: Li o equivalente a um livro por semana durante todo o ano.

Falando assim parece que foi tranquilo mas, na verdade, durante todo o ano eu atrasava e adiantava o cronograma de leitura loucamente. Tanto que dezembro chegou e eu ainda precisava ler 11 livros pra bater a meta.

Mas essa jornada começou bem antes…

Por quê?

Em 2015, sei lá eu como, descobri que esse desafio era bastante popular. E, vendo os números, me pareceu impossível. Até eu lembrar que esse costumava ser meu ritmo de leitura vários anos atrás, antes da loucura de estudos do cursinho e da rotina maluca que eu tinha durante a faculdade. Então decidi entrar nessa meio que para provar pra mim mesma que era possível e que eu conseguiria voltar a dar mais valor à leitura.

Acabou que 2015 chegou ao fim e eu não consegui completar a meta (como comecei em fevereiro, eram pra ser 45 livros até o final do ano e empaquei no trigésimo quarto). Aí decidi: a meta não ia abaixar enquanto eu não conseguisse cumpri-la.

Acabou que em 2016 meu horário de trabalho ficou mais flexível e isso ajudou muito, porque me deu mais tempo para dedicar à leitura e, apesar dos atrasos, consegui correr contra o tempo e terminar a meta alguns dias antes do último dia do ano.

Como?

Eu definitivamente não teria conseguido cumprir a meta se não tivesse o Kindle (falei mais sobre ele nesse post aqui). E aí a regra era me policiar pra, sempre que eu ia matar o tempo fazendo qualquer coisa no celular, lesse um pouco. Descobri como ler no ônibus sem passar mal, lia caminhando até a aula da pós, lia na academia e – pra dar conta dos últimos 3 livros e do calor – li dentro da piscina (e o universo conspirou pra eu não destruir o kindle fazendo isso OBRIGADA MUNDO).

A parte chata é que eu deixei pra ler depois muitos livros por conta da quantidade de páginas (Stephen King, eu te amo, mas 600 páginas não vai dar) e, quando o livro era meio parado demais eu tinha que tomar logo a decisão de ir em frente ou desistir e partir para o próximo. Como sou péssima em desistir de livros, eu seguia em frente, atrasava o ritmo de leitura e compensava com outro livro rapidinho lá na frente.

O meu problema maior foi lidar com a ressaca literária. A preguiça de começar um novo livro depois de um muito bom. (Depois de ler Contos Peculiares fiquei com saudades da série Miss Peregrine (1, 2, 3) e acabei passando um mês sem ler nada!)

Tá curioso pra saber quais os livros lidos em 2016? A maioria deles foi resenhada já aqui no blog, então vou deixar abaixo a lista completa e os links (:

• Um Conto de Natal – Charles Dickens
• Todo Dia – David Levithan
• A Bela e a Adormecida – Neil Gailman
• Plutão – R. J. Palacio
• A garota que não pode morrer – Gabriella Regina
• All the words are yours – Tyler Knott
• Carrie – Stephen King
• Sonhos Partidos – M. O. Walsh
• A vida do livreiro A. J. Fikry – Gabrielle Zevin
• Eu te darei o sol – Jandy Nelson
• A garota dinarquesa – David Ebershoff
• O caso dos dez negrinhos – Agatha Christie
• Quarto – Emma Donoghue
• Resta um – Isabela Noronha
• O que há de estranho em mim – Gayle Forman
• Até o fim da queda – Ivan Mizanzuk
• Salem – Stephen King
• O leitor do trem das 6h27 – Jean-Pau Fifierlaurent
• O inventário das coisas ausentes – Carola Saavedra
• A fofa do terceiro andar – Cléo Busatto
• Feios (série) – Scott Westerfeld
• Tá todo mundo mal – Jout Jout
• Cem anos de solidão – Gabriel Garcia Marquez
• One man guy – Michael Barakiva
• Garoto encontra garoto – David Levithan
• Doce sonho alado – Sheila Lima Wing
• O menino no alto da montanha – John Boyne
• Pax – Sara Pennypacker
• Shingaling – R. J.  Palacio
• Harry Potter e a criança amaldiçoada – J. K. Rowling
• Muito mais que 5inco minutos – Kéfera Buchmann
• Love notes – Tyler Knott
• Garota Exemplar – Gillian Flynn
• Tales of the Peculiar – Ransom Riggs
• A outra casa – Sophie Hannah
• A sábia de Waterloo – Leona Francombe
• Redoma – Meg Wolitzer
• Esperando por Doggo – Mark B. Mills
• Uma mensagem de esperança – Tom Michell
• Quietinho feito um sapo – Eline Snel
• Três coisas sobre você – Julie Buxbaum
• Social Killers – R. J. Parker
• Apenas um garoto – Bill Konigsberg
• Objetos cortantes – Gillian Flynn
• As mentiras que os homens contam – Veríssimo
• Confissões de uma gatora excluída, mal-amada e (um pouco) dramática – Thalita Rebouças
• A aventura do pudim de natal – Agatha Christie
• A menina que não sabia ler – John Harding
• Menina má – William March
• Por isso a gente acabou – Daniel Handler

Alguém disposto a encrencar o desafio 52 livros em 52 semanas este ano?