John Boyne
Infantojuvenil
Companhia das Letras
2011
2000
Noah tem oito anos e acha que a maneira mais fácil de lidar com seus problemas é não pensar neles. Quando se vê cara a cara com uma situação muito maior do que ele próprio, o menino simplesmente foge de casa, aventurando-se sozinho pela floresta desconhecida.
Logo, Noah chega a uma loja mágica de brinquedos, com um dono bastante peculiar. Ele tem uma história para contar, uma história cheia de aventuras que termina com uma promessa quebrada, uma história que vai levar o fabricante de brinquedos a pensar sobre o seu passado e Noah a pensar sobre aquilo que deixou para trás.
Em seu primeiro livro infanto-juvenil desde o best-seller O menino do pijama listrado, que vendeu mais de 350 mil exemplares só no Brasil, o escritor irlandês John Boyne cria um mundo que mistura contos de fadas com os problemas mais cotidianos de um garoto comum. Esta fábula leve e inteligente prende os leitores até o final com dois grandes mistérios: por que Noah fugiu de casa e quem é o fabricante de brinquedos?
Eu já falei sobre meu amor pelos livros de John Boyne (especialmente os infanto-juvenis) aqui e aqui. E de quebra a Stephanie também fez resenha de um livro dele.
Então, depois de uma leitura arrastada como foi com “O Pistoleiro”, eu precisava de algo leve e que eu sabia que seria rápido. A resposta óbvia era algum infanto-juvenil de John Boyne.
Noah é um garoto de oito anos que nunca conseguiu muitos destaques na vida, com uma mãe que tem agido de forma muito estranha ultimamente. Noah, no alto de sua lógica de criança, decide que a melhor maneira de lidar com isso é sair em uma aventura! Noah percorre duas cidadezinhas bem estranhas antes de chegar a uma mais estranha ainda. Depois de conversar com um cachorro e um burro faminto (????), Noah entra em uma loja de brinquedos de madeira, cheia de títeres – aqueles bonecos que são controlados por cordas, sabe?
Quanto mais tempo passa Noah passa na loja, mais estranha e mágica ela se revela. O dono da loja conta a ele, com a ajuda de seus títeres, sobre os personagens que passaram por sua vida: sua professora, seu instrutor de corrida, seu pai…
A parte mais interessante da história, entretanto, me impeço de contar para não estragar a “descoberta” do livro. Me reservo a dizer que a cada página vai ficando mais claro quem é o dono da loja, que não se apresenta ao leitor até a última página.
John Boyne mantém uma constante em seus livros infanto juvenis: São impossíveis de parar de ler. A narrativa flui com facilidade e leveza – mesmo nos livros em que ele fala sobre temas difíceis, como em “Fique onde está e então corra” – o que torna seus livros rápidos e prazerosos.
Mas não pense que, por isso, suas histórias são rasas. Boyne tem a habilidade de traduzir a complexidade e transformar o ato de ler em algo simples mas, ao mesmo tempo, lhe obrigar a refletir sobre a história – seja para desvendar um mistério ou para compreender um tema complicado.
Respostas de 4
Tenho uma relação de muito amor com John Boyne e esse livro está na minha listinha de espera <3
@Clay, nossa, Boyne é muito amor mesmo <3
Eu nunca li nada dele (estou em falta com um monte de autores incríveis!), mas agora fiquei curiosa. Acho que foram os títeres. Eu tenho muito medo de títeres, hahaha!
@Mariana, eu gosto muito dos infanto-juvenis dele. Tô tentando amar os romances haha eu nem sabia o que eram títeres! mas sim, são assustadores!